A partir desta segunda-feira (14), a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD) iluminará sua sede em laranja em adesão ao Abril Laranja, movimento iniciado nos Estados Unidos e que foi trazido para o Brasil pela Associação Brasileira de Ortopedia Técnica (ABOTEC), voltado à conscientização sobre ocorrência de amputações em situações que poderiam ser evitadas.
Dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) indicam que, entre janeiro de 2012 e maio de 2023, mais de 280 mil cirurgias para retirada de membros inferiores foram realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com uma média diária de 85 procedimentos.
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Somente no estado de São Paulo, esse número chegou a 59,1 mil, representando 20% do total nacional. O levantamento também revela um aumento de 65% nos casos ao longo da última década, reforçando a necessidade de estratégias preventivas. Entre os principais fatores de risco estão diabetes, hipertensão, tabagismo, insuficiência renal crônica, distúrbios de coagulação e predisposição genética.
Além da alta incidência, a taxa de mortalidade entre amputados é alarmante. Segundo a ABOTEC, 10% dos pacientes não sobrevivem ao período perioperatório, que compreende desde a preparação para a cirurgia até a recuperação imediata. Em um ano, esse índice sobe para 30%, atingindo 50% após três anos e 70% em até cinco anos. Esse cenário se agrava em países em desenvolvimento, onde o diagnóstico tardio e o acesso limitado à assistência médica contribuem para complicações severas.
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“A iluminação do nosso prédio não é apenas um símbolo, mas um alerta sobre a necessidade de medidas eficazes para reduzir os casos de amputação. É essencial difundir informação sobre o controle do diabetes e a prevenção de acidentes, principais causas dessas cirurgias. Investir em conscientização e cuidados adequados pode salvar vidas e evitar sofrimento”, enfatiza o secretário de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Marcos da Costa.
A SBACV destaca que muitas amputações poderiam ser evitadas com hábitos preventivos simples. O acompanhamento médico, a inspeção frequente dos pés e a busca por tratamento diante dos primeiros sinais de complicação são fundamentais para reduzir os riscos. Além disso, adotar um estilo de vida equilibrado, com alimentação saudável, prática de atividades físicas e controle da glicemia, contribui para a preservação da saúde vascular.
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Com informações do Governo de São Paulo