Ao todo, empreendimento tem 64 unidades e recebeu investimento de R$ 18,5 milhões
O Programa Casa Paulista entregou, nesta quarta-feira (04/12), mais 32 casas do Conjunto Habitacional Vereador Jefferson da Silva, em Mogi das Cruzes. Com investimento de R$ 18,5 milhões da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), o residencial tem, ao todo, 64 unidades que foram destinadas para atender famílias retiradas de uma área de risco do município.
Presente na entrega, o secretário executivo de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Eli Côrrea Filho, reafirmou o compromisso da gestão em prover moradias à população paulista que mais precisa. “O governador Tarcísio é uma pessoa que tem a habitação com um dos principais pilares da gestão porque ele sabe que ela transforma vidas. Hoje é uma nova etapa para vocês e isso só é possível quando há compromisso e união entre o executivo estadual e municipal, junto com outros parceiros. Sem isso, o Estado não consegue realizar o que se propõe, que levar dignidade para a vida dos cidadãos”, disse Eli ao pontuar que a nova casa é a construção de esperança e de segurança. “Em conjunto, nós vamos ampliar ainda mais o que vocês estão recebendo hoje para todo o Estado de São Paulo”, finalizou.
Já Silvio Vasconcellos, diretor de Engenharia e Obras da Companhia, explicou que o financiamento viabilizado pela CDHU dá a oportunidade de que famílias pagam por algo que realmente está dentro do orçamento familiar. “O nosso contrato de financiamento é o único contrato com essas condições. A prestação não é cara, é do tamanho do bolso de cada um. O Governo de São Paulo faz com que a prestação seja 20% da renda da família, mas tem muita gente que não consegue fazer a comprovação formal dessa renda. Então, a equipe trabalha com a autodeclaração de renda. Aí é estabelecida uma relação de confiança, por isso é importante que vocês paguem a parcela de vocês. Esse dinheiro vem para CDHU e faz uma roda do bem para que a gente consiga fazer mais casas”, explicou.
As famílias contempladas vivem em áreas de risco e agora vão residir em moradias dignas com infraestrutura completa. As unidades são casas sobrepostas com dois dormitórios, sala, cozinha, banheiro, lavanderia e área construída de 58 m². As residências contam com piso cerâmico em todos os cômodos, azulejos no banheiro e na cozinha e sistema de energia solar fotovoltaico. Esta é a segunda etapa de entrega do empreendimento, sendo que a primeira, também com 32 unidades, ocorreu em julho deste ano.
Sendo uma das contempladas com a nova moradia, dona Iguaciara Vicente Pereira, de 54 anos, não conteve a alegria de finalmente ter um lar seguro. “É uma felicidade ter uma casa própria para morar e não ter que pagar por algo que não é seu. As prestações também ajudaram muito, são menores que o valor que você paga em um aluguel”, comemorou ela, que morou durante 36 anos em uma área que oferecia riscos. Na casa, também irá morar seu marido Carlos Alberto, de 57 anos, além dos dois filhos do casal e um neto.
Quem também celebrou a conquista da casa própria foi Isabela Rodrigues dos Santos, de 28 anos. “Morávamos em área de risco e há dois anos nós fizemos o cadastro. Agora estamos aqui recebendo a nossa casa”, explicou. O imóvel, segundo explicou, representa uma vitória depois de tantos anos de luta pela moradia própria. “Essa casa representa felicidade e a vítória de uma luta. Hoje em dia é muito difícil a gente ter a casa própria casa, mas agora temos nosso lar, nosso cantinho de paz. Orei muito para chegar esse dia e fui honrada. Vou morar com meus filhos e tenho certeza que vou ser muito feliz”, comemorou emocionada. Ela irá morar com os filhos de Murilo, Bernardo e Maisa, de 12, 5 e 1 ano.
O financiamento dos imóveis segue as diretrizes da Política Habitacional do Estado de São Paulo, que preveem juros zero para famílias com renda mensal de até cinco salários mínimos. Assim, pagarão praticamente o mesmo valor ao longo de 30 anos, já que o contrato sofrerá apenas a correção monetária calculada pelo IPCA – índice oficial do IBGE.
O valor das parcelas é calculado levando-se em conta a renda das famílias e podem comprometer, no máximo, em até 20% dos rendimentos mensais com as prestações. Todas as famílias que estão recebendo as chaves dos imóveis, na Vila Ferreira, têm renda mensal de até cinco salários mínimos. Em Mogi das Cruzes, todas as famílias que estão recebendo as chaves dos imóveis têm rendimentos de até 3,5 salários mínimos. O valor da menor prestação é R$ 282,40.